Glitter? Purpurina?
Ou vidro? No último final de semana
bloquinhos de rua fizeram a festa pelas ruas de Pinheiros e de tantos outros
bairros de São Paulo. Eu particularmente já gostei mais do carnaval como um
todo, folia, fantasia, aglomeração, etc, mas acredito que isso foi só até
começar a trabalhar, depois disso, gosto mesmo é dos dias de folga, seja para
descansar, pegar praia, viajar...
Muito tem se falado sobre os bloquinhos,
que em São Paulo não estavam acontecendo ou aconteciam numa escala infinitamente
menor até 2 ou 3 anos atrás, justamente por essa grande explosão e febre que se
tornou participar deles. Há os que exaltam o fato do paulistano ter
redescoberto suas ruas e o prazer de usufruir desse espaço, mas há também os
contrapontos de tudo isso, como a falta de sincronia e organização entre blocos
e prefeitura, sinalizando vias, informando sobre alteração de trajetos de
ônibus, fiscalizando ambulantes e garantindo a segurança e limpeza dos locais,
além é claro, de um dos temas mais polêmicos: e os que não gostam de carnaval?
E o direito de ir e vir dos cidadãos que moram nas ruas por onde esses blocos
passam?
O assunto é polêmico e pode render várias
conversas a respeito, mas não entrarei em todas as polêmicas aqui.
Mencionei Pinheiros por dois motivos: Foi
onde aconteceu a maior concentração de blocos tanto no sábado quanto no
domingo, e é o bairro onde trabalho. Durante o final de semana já tinha
assistido e lido matérias sobre o tema e sobre o bairro, mas não moro tão perto
e como não sou fã, estava fisicamente distante dos acontecidos, até chegar no
trabalho na segunda feira.
Na rua do escritório teve concentração de
bloquinhos, um no sábado e outro no domingo, no estacionamento havia um aviso
afixado há mais de uma semana informando. Até aí, ok...o escritório nem abre
nos finais de semana. Na segunda, perto do que ouvi no jornal, esperava
encontrar o cenário pior. A rua estava cheia de confete, colorida, bonita!
Lixo? Tinham vários sacos e apenas poucas garrafas de vidro ou copos plásticos pra
dentro do portão do escritório. Mas além dos confetes, a rua brilhava e a
questão a se pensar é, esse brilho é glitter? Purpurina? Ou resquícios das
garrafas de vidro?
É de se pensar...falta eficiência da
prefeitura ou educação nas pessoas? Que os bloquinhos e a alegria do carnaval
continuem, mas que a educação e o respeito com todos, principalmente moradores
dessas regiões, prevaleçam.
Do carnaval de 2017.
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